Mesmo da redação, eu recebia as baforadas ludibriantes invadindo meus sentidos. A música, cadenciada num ritmo tentador, parecia obrigar todas aquelas pessoas a balançarem seus corpos sem pudor, como zumbis hipnotizados. Espasmos acelerados e desprovidos de qualquer significado conduziam a multidão. Todos exibindo um exagerado sorriso no rosto. Estava acompanhando o Carnaval 2008 pela televisão.
Foi nessa hora que percebi a noção do perigo. Ouvi as batidas da sola do meu sapato contra o chão postiço da “câmara filosofal” (é como me refiro à redação às vezes). O som oco reverberava no espaço silencioso, competindo apenas com o alarido da festa, proveniente da TV. Parei de supetão e, apontando o controle remoto para o aparelho áudio-visual, reduzi o volume. Não queria que, mais uma vez, meus sentidos fossem roubados e me visse sendo arrebatado para a festa.
Comecei a imaginar, com uma expressão de gratidão no rosto, como seria se eu tivesse sido escalado para cobrir a festa no circuito. Certamente não ouviria o som das minhas pisadas no chão. O que, então, me faria recobrar os sentidos? Um soco desferido por alguém com o dobro do meu tamanho? Muito provável.
O carnaval acabou e, após a quarta-feira de cinzas, ficou guardada uma certeza bastante colorida (Não, não era a certeza de que a próxima festa que eu iria cobrir seria a Parada Gay). Era a certeza de que NADA QUE ESTE MUNDO POSSA OFERECER ME DARÁ O PRAZER QUE TENHO EM CRISTO JESUS.
Foi nessa hora que percebi a noção do perigo. Ouvi as batidas da sola do meu sapato contra o chão postiço da “câmara filosofal” (é como me refiro à redação às vezes). O som oco reverberava no espaço silencioso, competindo apenas com o alarido da festa, proveniente da TV. Parei de supetão e, apontando o controle remoto para o aparelho áudio-visual, reduzi o volume. Não queria que, mais uma vez, meus sentidos fossem roubados e me visse sendo arrebatado para a festa.
Comecei a imaginar, com uma expressão de gratidão no rosto, como seria se eu tivesse sido escalado para cobrir a festa no circuito. Certamente não ouviria o som das minhas pisadas no chão. O que, então, me faria recobrar os sentidos? Um soco desferido por alguém com o dobro do meu tamanho? Muito provável.
O carnaval acabou e, após a quarta-feira de cinzas, ficou guardada uma certeza bastante colorida (Não, não era a certeza de que a próxima festa que eu iria cobrir seria a Parada Gay). Era a certeza de que NADA QUE ESTE MUNDO POSSA OFERECER ME DARÁ O PRAZER QUE TENHO EM CRISTO JESUS.
2 comentários:
Wesley tenha sempre essa certeza de que nada nesse mundo é melhor do que estar nos braços de um pai querido JESUS.
abraços
Que seja inabalável, na minha e na sua vida, essa certeza Anynha. As provações certamente virão, mas tudo pode ser suportado quando abrimos mão de lutar sozinhos e entregamos a batalha ao Senhor.
Que Jesus te abençoe grandemente!!
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