quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Serra da Caraconha | Cap_8


Era uma questão de tempo até chegarmos até o topo. Os trechos mais difíceis ficaram para traz. Iríamos enfrentá-los de novo na volta, mas agora estávamos concentrados na subida. Nosso objetivo. Nossa conquista. O topo. “Caraaamba!”, gritava um grupinho de Barbies humanas sem motivo algum. A facção cor de rosa recém colhida (fresca) permaneceu melancolicamente unida desde o início da escalada.

“Caraaamba!”. O coral uníssono apresentava-se por minuto. As pedras estavam soltas e era preciso caminhar com cuidado. As pedras que deslizassem de suas pisadas iriam acertar em cheio quem estivesse atrás. Aí seria uma avalanche de sopranos, contraltos e tenores. Um motivo verdadeiro pra se dizer “Caraamba!”.

Eu estava exausto. Suado e respirando com dificuldade. O desvio do meu septo nasal piorava ainda mais a situação. Me incomodava o fato daquelas meninas estarem desperdiçando fôlego gritando “caraamba!”. Ainda alongando o “a” central. Não podiam ficar quietas e aproveitar a paisagem?! Caramba!!

Chegamos ao topo e – pasmem – as Barbies não disseram “caraamba”. Esperaram um tempinho e, quando já não tinha motivo nenhum pra surpresas, uniram em vozes para desgosto geral: “Caraamba”. E a poeira cósmica daquele astro chato formado por gritos simultâneos ia se desfazendo em risos sem sentido...

3 comentários:

poeta disse...

Só espero que ao descer essas barbies fiquem quietas hein.
Caramba!! (rsrs)

Anônimo disse...

BARBIES!

Anônimo disse...

Tente ver Por outro lado o comportamento das BARBIES.Ao ver algo normal elas pronunciavam CARAMBA, CARAMBA e CARAMBA,mas ao se depararem com a altura e a beleza da serra ficaram sem fala porisso não houve CARAMBA nesse momento espetaculaaaaaaar.