quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Libido Adolescente



E o que é que tem?
Barrado no cabaré por causa da idade?
Que relação existe entre uma coisa e outra?
Se me considero maduro para exercitar a virilidade?


E daí que tenho 15 anos?
Se o corpo pede, é porque pode!
Se necessita, é porque está preparado!
E o libido assanha os desejos mundanos...


Sociedade construída de forma equivocada.
Isso é uma ofensa ao curso natural das coisas.
Cansei de esperar por polução noturna.
Quero ver e sentir minh'alma despenada.


Leis atrapalham minha diversão,
Prostitutas lá, espalhadas nas esquinas,
Mas eu, não entendo, não posso buscá-las,
Barrado serei por não ter habilitação.


Virgindade imprestável, princípio abominável .
Ate quando durará seu reino?
Oh! Excitação insistente e incômoda!
Ainda me livrarei de ti, com prazer imensurável.


Mergulharei nos fluidos alheios,
Realizarei meus sonhos mais insanos,
Negociarei com os maiores cafetões,
Mas só depois dos 18 anos...

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Se Liga Aratu! Se Liga Itapoan!



Bocão vai ter que pensar antes de falar e Uziel vai precisar ter mais cautela na hora de escolher seu alvo. Os constantes e crescentes abusos dos programas populares da TV Aratu e Itapoan, transmitidos em horário livre, finalmente darão uma trégua ao olhos e ouvidos da população.


O conteúdo já estava estrapolando, e muito, os limites da ética e do bom senso. Pessoas sendo ridicularizadas, exposição desnecessária de violência e até cena de simulação de sexo envolvendo crianças mostram o declive moral ao qual este tipo de programação estava entregue.


Na última quinta-feira, 12, representantes das duas emissoras e do Ministério Público Estadual (MPE) se reuniram para “conversar” sobre a divulgação de conteúdos que desrespeitam o Estatuto da Criança e do Adolescente e os Direitos Humanos.


Em nota divulgada no site do MPE, o órgão procura deixar claro que “não é intenção do Ministério promover censura ou interferir na liberdade de expressão”. O fato é que a intervenção foi necessária e, na minha opinião, deveria ter acontecido há tempos. Ficou combinado que, numa data ainda não divulgada, as emissoras assinariam um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC).

Espero que, como eu, você comemore essa atitude do MPE e posicione-se contra essa divulgação inconsequente motivada apenas pela competição doentia entre essas emissoras...

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Serra da Caraconha | Cap_8


Era uma questão de tempo até chegarmos até o topo. Os trechos mais difíceis ficaram para traz. Iríamos enfrentá-los de novo na volta, mas agora estávamos concentrados na subida. Nosso objetivo. Nossa conquista. O topo. “Caraaamba!”, gritava um grupinho de Barbies humanas sem motivo algum. A facção cor de rosa recém colhida (fresca) permaneceu melancolicamente unida desde o início da escalada.

“Caraaamba!”. O coral uníssono apresentava-se por minuto. As pedras estavam soltas e era preciso caminhar com cuidado. As pedras que deslizassem de suas pisadas iriam acertar em cheio quem estivesse atrás. Aí seria uma avalanche de sopranos, contraltos e tenores. Um motivo verdadeiro pra se dizer “Caraamba!”.

Eu estava exausto. Suado e respirando com dificuldade. O desvio do meu septo nasal piorava ainda mais a situação. Me incomodava o fato daquelas meninas estarem desperdiçando fôlego gritando “caraamba!”. Ainda alongando o “a” central. Não podiam ficar quietas e aproveitar a paisagem?! Caramba!!

Chegamos ao topo e – pasmem – as Barbies não disseram “caraamba”. Esperaram um tempinho e, quando já não tinha motivo nenhum pra surpresas, uniram em vozes para desgosto geral: “Caraamba”. E a poeira cósmica daquele astro chato formado por gritos simultâneos ia se desfazendo em risos sem sentido...

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Permita-me que eu a veja




Imponente montanha,
Diz-me onde ela está,
Só ela pode me curar,
Dessa saudade tamanha...

Revoltas ondas do mar,
Tragam de volta o meu amor,
Não agüento mais esta dor,
Sentimento que vai me matar...

Imensurável céu azul,
Leva-me até minha rainha,
Ela deve estar tão sozinha,
Permita-me um déjà vu...

Calma e suave brisa,
Traz até mim o perfume dela,
Sopre-o pra cá como um barco a vela,
E cura este infeliz que agoniza...

Sol poderoso e brilhante,
Faz-me lembrar o calor de seu peito,
Das noites que passava em seu leito,
E esquecer este frio tiritante...

Árvores monumentais,
Permitam que eu a veja,
Pois este homem que aqui rasteja,
Não consegue aguentar mais...

Salva-me! Oh Natureza!
Sei bem que os homens te ferem,
Mas nem sempre é ruim o que querem,
Ajuda-me, por gentileza...