Eram aproximadamente 15 metros do ponto onde estávamos até o centro da toca da onça – uma fenda escura formada por uma enorme rocha que ficava sob nossos pés e uma outra, ainda maior, que se debruçava sobre nossas cabeças. Foi o trecho mais demorado e perigoso de todo o percurso. A fenda parecia querer engolir-nos.
Não haviam pedras soltas (nem firmes) no percurso para nos servir de apoio. Apenas a pedra gelada, lisa, íngreme, indiferente... "Se pelo menos tivessemos uma escada", pensei. Vi hesitação nos olhos de alguns. Não vi nos meus porque não tinha um espelho. Começamos a escalada dolorosa, desta vez utilizando membros inferiores e superiores. Nada de cordas, nada de guinchos, nada de capacetes ou luvas. Só orações...
Encontramos alguns objetos que contrastaram bastante com a paisagem rústica e primária ao redor. Utensílios colocados pelo homem naquele trecho com o objetivo de possibilitar a escalada. Eram uns poucos tijolos presos com cimento na parede da rocha e uma torre de metal estirada na lateral do ponto mais aladeirado.
Haviam marcas de cimento sem tijolos, um sinal gritante de que a possibilidade dos tijolos se partirem era real. Já havia acontecido com outros aventureiros. Tentávamos não olhar para baixo. Não imaginar a queda fatal. Arrastamos-nos como cobras, lentamente, sujando nossas roupas com uma substância que pigmentava o chão, provavelmente era a defecação seca e esmiuçada dos insetos. Sujo e exausto, as garrafas machucando meu corpo, consegui alcançar o primeiro tijolo...
Não haviam pedras soltas (nem firmes) no percurso para nos servir de apoio. Apenas a pedra gelada, lisa, íngreme, indiferente... "Se pelo menos tivessemos uma escada", pensei. Vi hesitação nos olhos de alguns. Não vi nos meus porque não tinha um espelho. Começamos a escalada dolorosa, desta vez utilizando membros inferiores e superiores. Nada de cordas, nada de guinchos, nada de capacetes ou luvas. Só orações...
Encontramos alguns objetos que contrastaram bastante com a paisagem rústica e primária ao redor. Utensílios colocados pelo homem naquele trecho com o objetivo de possibilitar a escalada. Eram uns poucos tijolos presos com cimento na parede da rocha e uma torre de metal estirada na lateral do ponto mais aladeirado.
Haviam marcas de cimento sem tijolos, um sinal gritante de que a possibilidade dos tijolos se partirem era real. Já havia acontecido com outros aventureiros. Tentávamos não olhar para baixo. Não imaginar a queda fatal. Arrastamos-nos como cobras, lentamente, sujando nossas roupas com uma substância que pigmentava o chão, provavelmente era a defecação seca e esmiuçada dos insetos. Sujo e exausto, as garrafas machucando meu corpo, consegui alcançar o primeiro tijolo...