O discurso chato do padre Ambrósio da Lucena desempenhou um papel fundamental na minha descoberta. Possuído pelo tédio, faltando 15 minutos para o final da atividade litúrgica, comecei a bater, num ritmo acelerado, o solado do sapato no piso do templo.
A ação, bastante irritante para os que estavam próximos, assumiu, primeiro, o meu pé direito. A intensidade das batidas aumentava na mesma sintonia que minha impaciência. O som provocado por aquelas colisões insistentes começou a competir com o sermão. Parei, subitamente, assim que percebi todos aqueles olhares de repreensão fitando-me.
Mas não resisti por muito tempo. Em poucos segundos, recomecei os batuques acelerados com o pé. Desta vez, o esquerdo. Foi quando percebi que o fenômeno acústico produzido pelas batidas do pé esquerdo soava mais oco que o criado pelas primeiras. Havia um espaço vazio debaixo daquele azulejo.
Me pus de joelhos, simulando uma reza, e tentei remover a peça de cerâmica. Consegui! O que encontrei fez minha espinha congelar...
ESCREVA UM FINAL PARA ESTE CONTO. O QUE HAVIA NO BURACO?