quarta-feira, 15 de abril de 2009

Seu Anjo, seu Amor...



Hoje eu acordei mais cedo,
Fiquei te olhando dormir,
Imaginei algum suposto medo,
Para tão logo poder te cobrir.


Tenho cuidado de você todo esse tempo,
Estás sob meu abraço, minha proteção,
Tenho visto você errar e acertar,
Amar e voar... E ferir o coração.


Você soube aonde pousar,
Ao acordar já terei partido,
Ficarei de longe escondido,
Mas sempre perto, de certo.


Como se eu fosse humano, vivo,
Vivendo para te cuidar e proteger,
Sem você me ver,
Sem saber quem sou,
Se sou anjo, se sou seu amor...


(Escrito por Kleber Rego - adaptado por Wesley Sobrinho)

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Extremos incansáveis




Altos e baixo...

Rastro de sangue...

Me arrasto no mangue...

Camuflo meu corpo...

Me infiltro na gangue...

Mas nunca me encaixo...

quinta-feira, 2 de abril de 2009

O Maluco do Punhal | Cap. 7


(Leia o primeiro capítulo da série: Maluco do Punhal Cap. 1)

Loreta acordou, ainda meio amortizado, e olhou a sua volta. Tudo era branco. Ficou meio surpreso, pois, pelos tantos males que praticou conscientemente em vida, imaginava que iria direto para o inferno numa fração de segundo após a morte. Principalmente depois do último ato desajeitado, que culminou no óbito do irmão Buzina.

A vista estava embaçada, mesmo assim notou a chegada de uma criatura com vestes brancas. Resplandecia. Seria um anjo? Notou uma mancha vermelha crescendo a cada passo que o ser iluminado dava em sua direção. Quando a distância chegou a cerca de dois metros conseguiu ver nitidamente o formato de uma cruz. Recobrada a capacidade de ver nitidamente, percebeu que estava num hospital. O esforço empreendido para controlar as pupilas o fez desmaiar de novo.

Longe dali, mas dentro dos limites da Vila da Pedra Branca, o sujeito esquisito descambava, vagarosamente, por uma ladeira íngreme com seu punhal no bolso. Neste momento, o coronel Abigail, pai dos irmãos beberrões, avista da janela do seu casarão o mulambento descendo a ladeira. “Hora da diversão”, pensou alto o cruel Abigail, ao qual ainda não havia chegado a notícia da morte de um dos seus filhos. Ordenou a abertura do portão e soltou um dos seus cachorros...

(Continua no oitavo post da série: "Maluco do Punhal | Cap.8")